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27 outubro, 2010

I SIMPÓSIO DE REUMATOLOGIA DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Gente vai rolar em Petrolina -PE o I SIMPÓSIO DE REUMATOLOGIA DO VALE DO SÃO FRANCISCO dias 19 e 20 de Novembro.Uma iniciativa muito legal que vai discutir vários aspectos da reumatologia e seus desdobramentos,dentre elas o LUPUS que terá um momento especial ministrado pelo Dr.Henrique Athaíde da Univesidade Federal de Pernambuco .Também vai acontecer mini cursos,bom...o que eu achei mais interessante é o que vai discutir os ASPECTOS PSICOLÓGICOS DOS PACIENTES REUMATOLÓGICOS...Pra quem tiver interesse é só acessar o link http://www.simreumato.univasf.edu.br/




15 outubro, 2010

O Lupus nas Mulheres

Oi pessoal...então...andei lendo algumas coisas sobre a incidência do Lupus sobre as mulheres em especial e como os hormônios femininos estão intimamente ligados a isso...Vou colocar algumas informações aqui...espero que sejam utéis...BJU!




 
90% dos pacientes de Lupus são mulheres, entre 15 e 40 anos de idade. Por isso, o Lupus parece ter alguma associação com o estrógeno, um hormônio produzido pelas mulheres em seus anos reprodutivos. 

Experiências com camundongos revelaram que o estrógeno tem um efeito acelerador da doença. Fêmeas que tiveram seus ovários retirados antes da puberdade, e que receberam altas doses de hormônio masculino, tiveram a doença menos intensa. E aqueles que receberam altas doses de estrógeno, tiveram a doença exacerbada. Os estrógenos provavelmente aumentam a produção de anticorpo anti-DNA, dentre outras consequências. 
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/5715/lupus-eritematoso-sistemico-les
A ligação da hormonal
o lúpus ocorre com mais freqüência nas mulheres em idade fértil, e os surtos ocorrem frequentemente durante a menstruação, alguns pesquisadores têm tentado descobrir a ligação entre o lúpus e hormônios sexuais, principalmente o estrógeno. Embora o progresso tem sido feito, a conexão entre o lúpus e estrogênio continua altamente controversa. É sabido que as pessoas com lúpus têm níveis elevados de metabólitos de estrógeno e baixos níveis de testosterona . Mulheres com lúpus têm mostrado redução dos níveis de progesterona
Certas formas de estrogênio são associados com a inflamação, as doenças degenerativas, e predominância estrogênica em pessoas com lúpus. Estradiol (uma forma mais forte de estrogênio) se liga aos receptores das células T e células B, aumentando a ativação e sobrevivência das células e predispõem as mulheres a prolongada ataques em seu sistema imunológico .
Os estudos que examinam o papel do estrógeno no lúpus olharam TRH(terapia de repodição hormonal) para ver se o uso de estrógeno e progesterona contribui para o lúpus. Em um estudo com 351 mulheres na menopausa com lúpus, os indivíduos foram designados para assumir uma TRH(terapia de reposição hormonal) tradicional (composto de estrogênio eqüino conjugado com 0,625 miligramas por dia [mg / dia] e de medroxiprogesterona, 5 mg / dia para dia 1 a 12 de cada mês) ou um placebo. No final do estudo, os pesquisadores descobriram que a TRH sintética aumenta o risco de leve a moderada  (mas não o risco de graves surtos) em mulheres na menopausa com lúpus .
Mulheres com lúpus devem discutir os riscos e benefícios da terapia com estrógeno com seus médicos, porque, com base nestes resultados, parece haver um risco de que o estrogênio pode agravar a doença. Além disso, o cuidado extra é recomendado porque a TRH (terapia de reposição hormonal )convencional é associada com hipercoagulabilidade (anormalmente aumentada a capacidade de coagulação do sangue), que já é um problema em pessoas com lúpus que têm anticorpos antifosfolípides

ANTIMALÁRICOS: HIDROXICLOROQUINA E CLOROQUINA


Os antimaláricos aumentam o pH dos compartimentos intracelulares ácidos, entretanto, o mecanismo de ação no tratamento de doenças reumáticas não está ainda esclarecido.


Uso em doenças reumáticas
Lúpus discóide
A hidroxicloroquina e a cloroquina foram utilizadas durante décadas no tratamento do lúpus discóide e são consideradas efetivas.

Lúpus eritematoso sistêmico
A hidroxicloroquina é amplamente utilizada no tratamento de LES.

Artrite reumatóide
A hidroxicloroquina pode ser utilizada para o tratamento de AR, mas de forma geral é considerada menos eficaz que outras drogas anti-reumáticas modificadoras da doença (DMARDs) como o metotrexato. A hidroxicloroquina pode ser útil em combinação com outros DMARDs.


Início e monitoração da terapia

Antes do início do tratamento com antimaláricos deve ser realizado um exame oftalmológico de base. Para a monitoração o exame oftalmológico deve ser realizado a cada 12 meses para detectar toxicidade retiniana.



Precauções especiais

O medicamentos antimaláricos não devem ser utilizados em pessoas com enfermidades da retina de qualquer causa.



Complicações
De maneira geral os antimaláricos constituem os DMARDs com menor incidência de efeitos colaterais.


Podem aparecer: exantema (erupção na pele) alterações gastrointestinais como náuseas e vômitos, dor de cabeça, insônia e fraqueza muscular em membros inferiores que é bastante rara.


Toxicidade ocular

Toxicidade da retina: lesão retiniana irreversível com terapia a longo prazo, mais frequente com cloroquina que com hidroxicloroquina, entretanto por meio de exames de rotina e dosagem adequada a lesão na retina deve ser rara. 



Pode existir do músculo extraocular causando diplopia (visão dupla).


Os medicamentos antimaláricos são comumente utilizados para tratar lúpus discóide e parecem ser uma terapia coadjuvante útil no LES.


Na artrite reumatóide são utilizados em casos leves ou usados em combinação com outros DMARDs.


Embora sejam bem tolerados os antimaláricos requerem monitoração regular de toxicidade retiniana.


Não tome nenhum medicamento por conta própria, consulte seu médico para esclarecer suas dúvidas, somente ele poderá determinar o que é conveniente para seu caso em específico.
Extraído de:http://www.reumatoguia.com.br/interna.php?cat=44&id=295&menu=44

11 outubro, 2010

Remédio para reduzir efeitos do lúpus será testado em pessoas


 

Testes prolongaram a expectativa de vida em ratos

O lúpus afeta especialmente mulheres em idade reprodutiva e se manifesta geralmente por dores articulares intensas, lesões cutâneas no rosto e problemas renais
O clopidogrel, um medicamento cardiológico testado em camundongos afetados por graves formas de lúpus - uma doença de origem desconhecida e frequente na América do Sul, inclusive no Brasil -, melhorou as condições de saúde das cobaias e prolongou significativamente sua expectativa de vida, segundo pesquisas que devem produzir um teste clínico humano em 2011 na França.
A doença, que afeta uma população jovem, especialmente mulheres em idade reprodutiva, se manifesta geralmente por dores articulares intensas, lesões cutâneas no rosto e problemas renais mais ou menos severos, mas também pode afetar outros órgãos, como o cérebro ou o coração.
Médicos e cientistas franceses, cujos trabalhos foram publicados esta quarta-feira na revista científica americana Science Translational Medicine, acabam de demonstrar que este tipo de medicamento tem efeitos muito interessantes no tratamento da doença, conhecida como lúpus eritematoso sistêmico (LES).
O clopridogrel faz parte, assim como a aspirina, da família de medicamentos antiplaquetários, que ajudam a prevenir a formação de coágulos perigosos. Ele é prescrito para reduzir o risco de crise cardíaca (infarto) ou acidente vascular cerebral (AVC).
"A doença afeta uma pessoa em cada 10.000 e 9 mulheres para cada homem" e "se apresenta com frequência na Ásia, na América do Sul (Brasil...), no México e nas Antilhas", disse o professor Patrick Blanco, especialista em imunologia (CHU de Bordeaux, França).
O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, o organismo ataca algumas de suas partes como se fosse um elemento estranho. Os tratamentos disponíveis para as formas graves (corticóides, imunosupressores...) são apenas paliativos.
(Com Agência France Presse)
Contribuição do grupo 

[Lúpus BSB - LES]

01 outubro, 2010

PROTEINÚRIA

Gente um dos meus diagnósticos durante a  minha ultima internação foi NEFRITE LÚPICA ,então sendo assim resolvi investigar que diabos é isso...eu ja portei um texto da sociedade brasileira de nefrologia sobre o assunto,por isso não vou me repetir.Trouxe aqui um material sobre PROTEINÚRIA que tem muito haver com o que aconteceu comigo...Pelo que eu tô entendendo até agora a perca de proteina foi que causou o edema na minha pleura e consequentemente o derrame pleural ,ascite e cia... Então é isso...Só a título de conhecimento msm...e na minha proxima consulta o reumato que me aguarde que eu vou dissecar ele com tanta pergunta sobre o assunto rsrsrs!!!!

PROTEINÚRIA
Sinônimo:
albumina na urina
O que é?
A albumina é uma proteína do nosso plasma produzida pelo fígado, sendo o resultado do metabolismo dos alimentos protéicos (carne, ovos, leite, queijo).
A taxa normal de albumina no plasma é de 3,5 a 4,5g/dl. Ela é fundamental para conservar o estado nutricional e manter os líquidos circulando dentro dos vasos.
A excreção de albumina na urina (proteinúria) é uma importante alteração pela qual as doenças renais se manifestam.
Isso mostra a importância da conservação das proteínas do sangue pelo rim. Sem a albumina, a água que circula nos vasos se infiltra pelos tecidos formando o edema. O edema é uma complicação da queda da albumina perdida pelo rim doente.
Origens
A proteinúria tem quatro origens:
 
a primeira é de origem glomerular. São as proteínas de peso molecular normal, como albumina, transferrina, gamaglobulinas (IgG, IgA), microglobulinas e outras que passam pela membrana filtrante do glomérulo. Quando esta membrana está alterada, permite a saída das proteínas na urina;
a segunda é do tipo tubular. São as proteínas secretadas pelo túbulo renal proximal, principalmente lisosimas e microglobulinas;
a terceira é decorrente das proteínas secretadas pela parede do trato urinário (pelve renal, ureter, bexiga e uretra);
a quarta tem origem na superprodução de proteínas de baixo peso molecular que se acumulam no plasma, mas, por serem pequenas, passam totalmente pelo filtro. Como são produzidas em grande quantidade, ultrapassam a capacidade de reabsorção do túbulo e são totalmente eliminadas pela urina. O exemplo clássico é a proteína de Bence-Jones (imunoproteína), mas também as mioglobinas e amilases.
Como se faz o diagnóstico?
O exame de urina só detecta a proteinúria quando ela é superior a 0,150g/dia.
Por isso, o surgimento de proteínúria em qualquer exame de urina deve ser visto como uma anormalidade e merece ser esclarecida.
A quantificação correta da proteinúria é feita sempre na urina de 24 horas e medida em gramas por esse período. Esse é um exame laboratorial importante e seguro.
Cruzes e traços não têm valor diagnóstico, servem para alertar o médico.
A proteinúria de 24 horas serve para avaliar a evolução e a gravidade da doença.
Em continuidade, investiga-se a história clínica do paciente, recolhendo os dados de doença renal (pielonefrite, glomerulonefrite, diabetes melito) e sinais de edema, anemia, dores ósseas, hipertensão arterial, hematúria, piúria, glicosúria.
No exame físico, observa-se anemia, pressão alta, desnutrição e principalmente o edema.
Tipos de Proteinúria
A proteinúria pode ser:
 
intermitente e transitória,
persistente e permanente.
A proteinúria transitória é a que surge eventualmente. Ela ocorre na febre alta, nos exercícios vigorosos, nas exposições a altas temperaturas, tanto frias como quentes, nas emoções violentas e estressantes (secreção abundante de adrenalina) e nas convulsões. É uma proteinúria leve, não ultrapassando a 1,0g/24h e não significa doença renal.
Outra proteinúria transitória, intermitente e de pequena quantidade é a proteinúria ortostática. Ela surge quando a pessoa permanece muito tempo de pé (ortostatismo), em caminhadas normais de longa duração ou em pessoas que têm uma lordose acentuada. A gravidez é um exemplo. Esta proteinúria, até hoje, não tem sido bem compreendida, pensa-se que o aumento da pressão venosa, ao nível da veia cava e veias renais, contribuiria para aumentar a excreção de proteínas na urina. O diagnóstico diferencial dessa situação se faz dosando a proteinúria ortostática e depois mostrando o seu desaparecimento com o repouso.
A proteinúria persistente e permanente em todas as amostras pode ser:
 
leve (até 1,0g/24h),
moderada (1,0-3,5g/24h) e
maciça, quando superior a 3,5g/24h/1.73 de superfície corporal.
O edema é a principal manifestação das proteinúrias maciças.
Ele ocorre porque a perda constante e intensa de proteína na urina faz com que a albumina plasmática atinja níveis muito baixos. Com isso, diminui muito o poder oncótico do plasma, permitindo que a água infiltre por todos os tecidos, surgindo o edema.
Como a água e o sal se infiltram pelos tecidos, em conseqüência da albumina baixa, surge hipotensão por diminuição do volume circulante e, em função disso, o paciente urina pouco para poupar o líquido que não está no seu devido lugar, isto é, circulando.
A perda de proteínas do plasma também propicia a desnutrição com todas as suas complicações.
Como se trata?
A melhora desse quadro só é obtida quando a perda de proteínas é interrompida com a recomposição da taxa plasmática da albumina. O tratamento da albuminúria depende da causa, por isso, os tratamentos são variados.